Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC-2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Mídia-Educação
no contexto escolar: mapeamento crítico dos trabalhos realizados nas escolas de
Ensino Fundamental em Florianópolis
Silvio da Costa Pereira
1. Introdução
Muito além de simples novidades
tecnológicas, os diversos meios de comunicação1 que vêm sendo criados a partir
do domínio técnico da eletricidade e das ondas eletromagnéticas atuam na
produção e na disseminação de cultura, moral e ideologia. Se antes o jornal e
os livros já o faziam, isso foi bastante expandido pela massificação do uso dos
novos equipamentos, e tem alterado substancialmente a forma de nos
comunicarmos. “Ao interferir nos modos de perceber o mundo, de se expressar
sobre ele e de transformá-lo, estas técnicas modificam o próprio ser humano”
(BELLONI, 2005, p. 17). Faz-se, portanto, necessário, refletir sobre a presença
dos meios de comunicação em nossas vidas, para que deles possamos nos apropriar
de forma crítica e criativa. Para que possamos escolher quais mídias são mais
apropriadas às nossas necessidades pessoais e coletivas, quais usos desejamos
dar a cada uma, ou quais usos pretendemos evitar.
Hoje, escola, família, grupos
sociais e meios de comunicação são compreendidos como importantes espaços
educativos e socializadores. Isso ressalta a importância de haver, dentro das
escolas, das famílias e das demais instituições sociais, espaços de reflexão a
respeito do papel político, cultural e econômico das mídias. As tecnologias de
informação e comunicação mudaram nossas vidas, e por isso cada vez mais pessoas
têm passado a se preocupar em mudar a vida das mídias. Embora os fanzines e
jornais comunitários já fossem feitos nessa perspectiva, a proliferação de
rádios e TVs comunitárias, sites, blogs e o uso de espaços de compartilhamento
de produções midiáticas, como o You Tube, são sinais desta crescente
necessidade de expressão pública e apropriação do espaço midiático. Aponta
também para a ampliação de alternativas à grande mídia, possibilitada pelas
novas tecnologias.
Por outro lado também é importante
enxergar a explosão do uso de mídias para a comunicação interpessoal. Os
múltiplos usos dos celulares (para troca de mensagens de texto, fotos e vídeos,
além da tradicional conversa por voz já existente nos telefones fixos) e
computadores (MSN, Orkut, e-mails, telefonia por IP, chats, etc.) demonstram a
incorporação das novas mídias ao cardápio comunicacional dos brasileiros, em
especial dos mais jovens.
Escola
e tecnologia: uma conversa
Alberto Tornaghi1
Tecnologia,
sociedade e educação
Texto extraído de SALTO PARA O FUTURO
/ TV ESCOLA
WWW.TVEBRASIL.COM.BR/SALTO
Escola faz tecnologia faz escola –
Programa 1
1.Introdução
“As coisas tinham
para nós uma desutilidade poética.
Nos fundos do
quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber.
A gente inventou um
truque pra fabricar brinquedos com palavras.”
Manoel de Barros,
em Livro sobre nada.
Este texto abre a série “Escola faz
tecnologia faz escola...” criada para o programa Salto para o Futuro, da TV
Escola. O que se propõe aqui é refletir sobre como tecnologia e escola se
modificam mutuamente, quais os diálogos possíveis entre estes seres, ambos
produtos do trabalho humano, ambos produções sócio-técnicas.
Aproveitando Manoel de Barros,
propomos nos apoiarmos em nosso “dessaber” , em nossos “dessaberes” , para
inventar brinquedos novos: com palavras, textos, imagens, sons etc. É
riquíssimo todo “dessaber” que nos permite aprender. E o que mais
queremos da escola?
O que é uma escola? São seus muros?
Suas salas? Seus professores e alunos? Os funcionários? Nada disso é uma
escola. Tudo isso junto talvez forme uma escola. Tudo isso e muito mais:
livros, cadernos, conhecimento, ignorância, curiosidade, parcerias... Propomos
pensar a escola, cada escola, como um local onde se corporificam relações de
ensino e processos de aprendizagem.
E o que a tecnologia traz para a
escola? Traz outras formas de aprender e outras coisas a aprender.
Comecemos, então.
2. Escola e tecnologia: quem faz o quê?
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás,
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
«Caminante no hay camino,
se hace camino al andar»
CANTARES - Antonio Machado e J. M. Serrat.
Freqüentemente, quando se fala em
tecnologia na educação, logo pensamos em computadores, Internet... Mas isso é
pouco, é reduzir muito o gênio da criação humana. Tecnologia é mais do que
isso. Há tecnologia em cada lápis que usamos, no quadro de giz, nos livros, nas
cadeiras em que sentamos. Veja só a revolução social que representou a
imprensa. Podemos imaginar uma escola, hoje, sem livros, sem material
impresso?
O trabalho na escola lida o tempo
todo com tecnologia, mas raramente se ocupa de produzi-la. O que as tecnologias
digitais nos trazem de especial é a ampliação das possibilidades de produzir
conhecimento e divulgá-lo, compartilhá-lo.
Interfaces
digitais para a organização e representação do conhecimento
Aneridis Monteiro[1]
Vivemos em um mundo
de constantes mudanças, principalmente do ponto de vista da aprendizagem. Há um
número representativo de pessoas que tem dificuldades em aprender o mínimo
necessário exigido para sobreviver nos dias atuais, pois há uma avalanche de
informações; o que necessariamente não significa dizer uma avalanche de
conhecimentos.
Pode-se
afirmar que nunca as pessoas de uma sociedade foram tão bombardeadas com tantas
informações simultaneamente. Este momento social pode ser denominado de
“sociedade da aprendizagem”, uma sociedade onde “aprender constitui não apenas
uma exigência social crescente – que conduz ao seguinte paradoxo: cada vez se
aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender” (POZO,
2004).
O referido autor afirma ainda que “essas demandas crescentes da
aprendizagem produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do conhecimento,
que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez mais, mas que aprendam
de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura da aprendizagem, de uma nova
forma de conceber e gerir o conhecimento, seja na perspectiva cognitiva ou
social” (POZO, 2004).
Sendo assim e transportando esta reflexão para o interior das
instituições escolares temos que nos reportar-nos à possibilidade do uso das
tecnologias como formas alternativas de aquisição de conhecimentos, e que essas
tecnologias impliquem “formas específicas e identificáveis de mudança social,
econômica e cultural, ou seja a assunção da tecnologia como elemento integrante
e essencial na organização social e da nossa experiência subjetiva.” (DAMASIO,
2007, p. 67).
sexta-feira, 16 de maio de 2014
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